Data: 02-04-2012
Criterio: A4cd;B2ab(iii,iv)
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
A espécieocorre nos Estados de Paraná, Santa Catarina e possivelmente no Estado de São Paulo. Possui AOO de 20 km². Segundo informação disponível, a espécie é considerada rara apresentando subpopulações pequenas em áreas de Floresta Ombrófila Densa do litoral. A espécie é comercializadacomo ornamental. Seu habitat foi intensamente deteriorado e não há registro daespécie em unidades de conservação (SNUC). Estima-se que cerca de 50% da população desapareça nas próximas duas gerações, devido a coleta ilegal de indivíduos maduros. Por esses motivos, a espécie foi considerada "Em perigo" (EN) de extinção.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Zephyranthes blumenavia (K.Koch & C.D.Bouché ex Carrière) Nic.García & Dutilh;
Família: Amaryllidaceae
Sinônimos:
Descrita na obra Bot. Australis 1: 4 (2002), o gênero é monotípico, apresentando afinidades com o gênero Rodophiala. Conhecida popularmente como Mini-amarilis, é caracterizada por um pequeno bulbo, com atraente floração rosa-esbranquiçada (Pacific Bulb Society, acessado em 10/02/2012; Dutilh; Oliveira, 2012).
Planta cultivada e negociada como ornamental no mercado de plantas, sendo valorizada por ser considerada rara por alguns coletores. Comercializadas por até R$ 6,20 uma muda desta espécie (Pacific Bulb Society, acessado em 10/02/2012; Loja do Jardim, acessado em 10/02/2012).
Subpopulações pequenas e raras (Dutilh, com. pess.). A mesma autora afirma ser dificil estimar número de indivíduos, uma vez que nenhum trabalho populacional foi empreendido para a espécie.
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Dulith; Oliveira, 2012). Dutilh (com. pess.) indica a ocorrência deste táxon bem ao sul do litoral de São Paulo, se estendendo a sul até no máximo Florianópolis, Santa Catarina, bem próximas ao litoral.
Planta herbácea bulbosa, terrícola (Dutilh; Oliveira, 2012), ocorre em Florestas Ombrófilas Densas (Dulith, 2009), podendo ser encontrada tanto nas áreas mais úmidas como nas bordas das matas associadas ao domínio fitogeográfico Mata Atlântica (Dutilh; Oliveira, 2012). Prefere as condições de umidade (Foster, 1951).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência
national
Severidade
medium
Detalhes
A Mata Atlântica é um bioma caracterizado pela alta diversidade de espécie e pelo elevado grau de endemismo. A retirada da cobertura vegetal, visando a utilização da área para a agricultura, pastagem, extração de madeira e ocupação humana ao longo dos últimos dois séculos causou a destruição da maior parte deste bioma, restando hoje cerca de 7% a 8% de sua área original (SOS Mata Atlântica, 2012). Devido à ocupação urbana e agrícola, as áreas de mata estão cada vez mais isoladas umas das outras, formando pequenas ilhas de vegetação nativa. Desta forma, a maioria das espécies que vivem nesses fragmentos compõem populações isoladas de populações que habitam outros fragmentos. Para muitas espécies, a área agrícola ou urbana, circundante de um fragmento, pode significar uma barreira intransponível (Galindo-Leal; Câmara, 2005; Moura, 2004).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Em perigo" (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).
- DUTIHL, J.H.A. Amaryllidaceae IN: Plantas da Floresta Atlântica. 2009.
- PACIFIC BULB SOCIETY - GARDENING WITH BULBS. Eithea, 2012.
- DUTILH, J.H.A.; OLIVEIRA, R.S. Amaryllidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB015454>.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE/DEUTSCHE GESSELLSCHAFT TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT (SEMA/GTZ). Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná, Curitiba, PR, p.139, 1995.
- DUTILH, J.H.A. Comunicação da especialista Julie H. A. Dutilh, do Departamento de Botânica da Universidade Estadual de Campinas, para o analista Eduardo Fernandez, pesquisador do CNCFlora, São Paulo, SP, 2012.
- GALINDO-LEAL, C; CÂMARA, I.G. Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e perspectivas. São Paulo, SP; Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional, 2005. 472 p.
- SOS MATA ATLÂNTICA. Atlas Mata Atlântica in Portal SOS Mata Atlântica. Disponivel em: <http://www.sosma.org.br/index.php>. Acesso em: 16/03/2012.
CNCFlora. Eithea blumenavia in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Eithea blumenavia
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 02/04/2012 - 14:38:50